A Synerjet, distribuidora da Pilatus Aircraft na América Latina, espera concretizar várias vendas do monomotor turboélice PC-12 durante a LABACE desta semana. De acordo com o diretor geral José Eduardo Brandão, os contratos previstos são evidência de que as condições desafiadoras do mercado na região estão começando a melhorar.
“Ano passado foi um ano a ser esquecido, e esse ano tem sido bem quieto até dois meses atrás, quando nós começamos a ver um pouco de interesse em possíveis compras aqui no Brasil,” ele disse à AIN.
Na exposição estática da LABACE no Aeroporto de Congonhas, a Synerjet está expondo um exemplar do mais novo modelo PC-12NG, caracterizado por um aperfeiçoamento de performance devido, em parte, à sua nova hélice de cinco pás. O novo propulsor permite que a aeronave voe sem parar através da maior parte do Brasil, de São Paulo no sul a Manaus no norte. “Isso dá mais velocidade e subida à aeronave,” disse Brandão. “Nós promoveremos essa melhora [para reequipamento] em aeronaves mais antigas.”
A Synerjet Brasil é a subsidiária para a aviação executiva do conglomerado sul-americano Synergy Group, o qual também inclui linhas aéreas como a Avianca. A Synerjet tem representado a Pilatus ao redor da América Latina desde 2014, quando terminou seu acordo de distribuição com a Bombardier Business Aircraft. Antes disso, a Synerjet já tinha representado o PC-12 no Brasil. Até hoje, ela vendeu mais de 60 aeronaves Pilatus no continente.
Além da melhora de perspectivas no Brasil, a Synerjet também vendeu PC-12s na Colômbia, no Paraguai, na Venezuela, na Guatemala e no Chile. Ela opera centros de serviço autorizados em Sorocaba no Brasil e na Colômbia, e também trabalha com instalações de manutenção autorizadas para a aeronave na Venezuela (Aerocentro) e Chile (Aerocardal).
A Argentina, aonde um novo governo está instaurando uma reforma econômica extensiva, é outro grande foco dos esforços de venda da Synerjet. “Nós teremos a Argentina de volta no jogo muito em breve,” disse Brandão. “Eles têm uma frota imensa de aeronaves [envelhecidas] e é um amplo país com uma boa mentalidade de aviação.”
Apesar de contínuos conflitos políticos e econômicos, a Synerjet está otimista em ganhar mais negócios na Venezuela. “Nós esperamos que a situação lá mude ano que vem,” concluiu Brandão. “É um país muito interessante porque sempre existem venezuelanos ricos, morando principalmente fora do país, que querem comprar uma aeronave.”
A Synerjet também cuida das vendas do novo jato de médio porte PC-24 da Pilatus, que antecipa homologação em torno do final de 2017. Os clientes no Chile, na Guatemala e no Brasil somam 3 dos 84 pedidos feitos até agora. “Nós temos ainda mais interesse [da América Latina] esperando pela nova leva de vendas,” disse Brandão, fazendo referência ao limite temporário que a própria Pilatus instituiu ao atingir 84 pedidos. Ela planeja reabrir a carteira de pedidos ano que vem.