Gulfstream vê recuperação regional favorecendo seus jatos
A Gulfstream Aerospace possui agora cerca de 200 aeronaves baseados na América Latina.
A aeronave G650ER da Gulfstream tem o alcance que muitos operadores latino-americanos desejam para se conectar eficientemente com o resto do mundo. [Photo: Ian Sheppard]

Aeronaves não estão sendo vendidas menos no Brasil e em outras partes da América Latina, mas essas transações é que estão demorando mais para serem concluídas, de acordo com a Gulfstream Aerospace, que mais uma vez terá uma presença marcante na LABACE em São Paulo. “Nós não observamos uma grande queda nas discussões sobre [novas] aeronaves, a diferença é que os consumidores estão demorando mais para tomar uma decisão,” disse Fabio Rebello, vice-presidente sênior regional de vendas na América Latina. “Ainda existem fatores que tornam desconfortável tomar uma decisão [de compra] mas nós estamos agora vendo um futuro melhor que nos permitirá ir à diante.”


O G280 da Gulfstream estará à mostra na exibição estática da LABACE no Aeroporto de Congonhas, assim como o G550 e o G650ER. “Nós queremos mostrar que aquele G280 é uma aeronave regional que pode alcançar toda a América Latina sem escalas, ou os EUA sem escalas,” disse Rebelo à AIN, “O 550 pode voar diretamente para a Europa e o 650ER pode ir direto ao Oriente Médio. Os nossos novos G500/600 também estão definitivamente sendo considerados [por prováveis compradores] por toda a América Latina, e as pessoas gostaram do que viram até agora em termos de tecnologia.”


Certamente, a Gulfstream acredita que a vasta geografia da América Latina dá valor aos pontos fortes dos seus produtos. Dois dos seus mercados chaves, São Paulo e México, estão separados por cerca de 10 a 11 horas de voo, um fator que exige aeronaves maiores e de alcance mais longo.


“No Brasil recentemente os indicadores são que as pessoas estão mais confiantes e acreditam que chegaram ao fundo do poço na situação econômica, então isso nos torna esperançosos de que o quadro vai melhorar,” comentou Rebello. “Na realidade, [condições desfavoráveis de negócios] criam oportunidades para nós porque companhias lá sentem que precisam ir mais longe e encontrar novos mercados fora do país, tirando vantagem de fatores como o câmbio [que favorece exportações brasileiras]. Algumas companhias têm se estendido ao redor de toda a América Latina, algumas foram além, até os EUA e a Europa, algumas até a África e algumas tão longe quanto a China. Nós agora estamos vendo oportunidades por toda a América Latina e o Caribe, e é muito promissor, porque ficou parado por um tempo. E agora vários países estão voltando ao mesmo tempo.”


Existem agora cerca de 200 jatos da Gulfstream baseados na América Latina. Em junho de 2014, a distribuidora aumentou sua rede de atendimento ao consumidor para a região abrindo um novo centro de serviços em Sorocaba, para suplementar as instalações que ela já tinha na Venezuela e no México. Ela tem quatro representantes de serviço de campo baseados no Brasil e no México.